Imposição das cinzas

A Quarta-feira de Cinzas é um dia depois da Terça-feira de Carnaval, ou seja, momento em que a Igreja Católica assinala o início da Quaresma. Nesse dia em todas as igrejas é feito um ritual simbólico e muito significativo: a imposição das cinzas. O sacerdote traça uma cruz sobre a testa das pessoas e repete as palavras:

“Recorda que pó és, e em pó tens de te converter”.

O sentido dessa frase bíblica é que um dia a nossa vida termina neste mundo e então voltamos ao pó da terra.

As cinzas obtém-se por meio da queima de ramos de palmeiras e de oliveiras abençoados no ano anterior, durante a celebração da Missa do Domingo de Ramos.

O pó das cinzas humildemente nos lembra que estamos neste mundo de passagem, e que após a morte prestaremos contas de todos os nossos atos, a começar com a própria vida; o que fizemos com a saúde, como usamos os nossos bens. Só levaremos aquilo que tenhamos feito por amor a Deus e pelo bem dos demais irmãos.

Todos são convidados a participar desse ritual simbólico, da imposição das cinzas, principalmente os que desejam uma mudança de vida – das coisas claramente erradas que prejudicam a nós e aos outros.

 

Mudar de vida e de comportamento envolve uma séria decisão

Devemos firmemente nos arrepender das faltas cometidas, nos entregar a Deus e pedir o seu perdão. Para que nos arrependamos, é necessário que Deus nos dê coragem para transformar e obter um novo coração; para isso, imploramos o seu auxílio através da oração.

A Quarta-feira de Cinzas acontece 46 dias antes da Páscoa, e marca o início de um período de devoção caracterizado por orações e jejuns, como parte da penitência que todo cristão deve realizar segundo os princípios tradicionais da Igreja Católica.

Porém, todos podem participar desse período, despertar a consciência do sagrado, manter uma vida mais regrada, fazendo jejuns, praticando a caridade e intensificando as orações.

Há um mundo espiritual além daquele que visivelmente temos aos nossos olhos; ambos formam o equilíbrio para que vivamos com sabedoria, despertando sempre mais a nossa fé.

Abraços,

Jane Fiorentino

 

O conteúdo deste post é de inteira responsabilidade do autor – escrito por Jane Fiorentino.

Comentários

  1. Luís Antônio daSilva 17 de junho de 2020 at 11:30
    Responder

    Profunda, equilibrada e serena espiritualidade. Parabéns Jane, obrigado pela partilha!

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