Organizar os gastos

Está chegando o final do ano, e com as festas existe o risco do consumo exagerado, ultrapassando as posses financeiras.

Somos estimulados a comprar muito, mesmo quando não precisamos, e as pessoas consumistas não acham que estão fazendo algo errado, mas sim que a compra é indispensável.

 

As empresas agem com estratégias para vender

Nós é que precisamos ter a inteligência de que comprar algo não pode ser baseado apenas no prazer de comprar, mas também na utilidade e no planejamento dos gastos.

Alguns consultores de finanças dizem que o brasileiro é consumista e compra por impulso.

Também não planeja o que vai comprar, sendo facilmente induzido a gastar acima de suas posses, e principalmente na aquisição de produtos considerados supérfluos.

Maus hábitos, como comprar por impulso ou por uma necessidade sentimental, devem ser evitados.

A linha entre comprar por necessidade ou por compulsão é tênue, e costuma-se ultrapassá-la com frequência.

 

Especialistas em economia definem a diferença entre consumo e consumismo.

Consumo é o ato de comprar por necessidade.

Consumismo é o prazer momentâneo, levando a uma euforia, mas que logo passa.

Está relacionado a comprar produtos sem utilidade (os supérfluos), sem ter necessidade do que está sendo adquirido.

Fuja do consumismo, que a “brincadeira”, a conta, sai cara demais!

 

Aposente o cartão de crédito!

Isso para quem é viciado em gastar sem inteligência!

Para essas pessoas, o cartão de crédito acaba se tornando uma perigosa armadilha.

Use o cartão de débito, assim evitará perigo e economizará muito por mês.

 

Valorizo o meu trabalho?

Todo o trabalho feito já é premiado por ser fruto de esforço e dedicação.

Não deixa de ser um grande desafio esse ato apaixonante, pela satisfação que dá e por nos deixar bem conosco mesmos.

Qualquer que seja ele, por mais simples que seja, também colaboramos com uma obra que poderá beneficiar outras pessoas.

O dinheiro vindo de um trabalho honroso é sempre abençoado!

Por isso, antes de gastar o seu dinheiro, fruto do seu trabalho, pergunte-se: preciso mesmo disso?

 

Utilizando o dinheiro de forma inteligente na hora de gastar

  • Faça uma lista de compras.
  • Separe a quantia que vai gastar.
  • Compre apenas o necessário e planejado; esqueça o que não estiver na lista. Focando na lista,  qualquer tentativa de compra por impulso imposta pelo mercado não terá sucesso com você.
  • Se for ao shopping apenas para passear, cuidado! Pode acabar comprando só por estar lá!

 

Organize-se medindo a magnitude de suas despesas mensais

Não ultrapasse o seu rendimento mensal com cartão de crédito, cheques, saques, IPVA, transporte, alimentação etc.

Elabore uma planilha mensal e controle os seus gastos

Ex:

Luz – R$

Telefone – R$

Transporte – R$

IPVA – R$

Plano de saúde – R$

Aluguel – R$

Prestação da casa – R$

Gastos extras

Como vestuário, presentes, viagens, manutenção do automóvel, dentista, restaurantes, lazer etc.

 

Os endividados com cheques e cartão de crédito

No Brasil, o grande número de endividados com cheques e cartão de crédito se explica pela falta de disciplina e do conhecimento de como lidar com o dinheiro.

Há pessoas que, ao possuírem talões de cheque e cartão de crédito, acabam por confundi-los com simples pedaços de papel e plástico com fundos ilimitados, o que não são.

 

Não sabendo como utilizá-los adequadamente, essas pessoas geram para si mesmas enormes problemas financeiros.

Quando temos o dinheiro vivo na mão, parece que ele adquire um valor maior, e aprendemos a valorizá-lo, o que evita as compras por impulso.

 

A armadilha da dívida

Algumas pessoas acham que o caminho mais fácil para solucionar uma dívida é ir ao banco e pedir empréstimo.

Isso pode ser feito em último caso, e só depois de se esgotarem os últimos recursos, como negociar a dívida com o credor ou mesmo pedir um adiantamento no trabalho.

Algo estrondoso e maléfico em qualquer patrimônio!

Enquanto um fundo de renda fixa rende no máximo 1% ao mês, uma dívida de cheque especial ou cartão gera ao banco ou ao administrador do cartão em torno de 10% ao mês (dez vezes mais).

Ex: para um valor de R$ 1000,00 em um ano, na poupança, cartão e cheque especial:

Na renda da poupança: R$ 1.070,00

No pagamento do cartão: dívida de R$ 3.500,00

No pagamento do cheque especial: dívida de R$ 2.500,00

Será que estamos sendo enganados?

 

A utilidade do cartão de crédito

Útil apenas para quem ganha crédito com seu uso com milhagens ou utiliza a diferença de um mês para deixar o dinheiro aplicado.

 

Importantíssimo!

Pagar sempre o valor da fatura no vencimento e com valor integral, sem financiar parte alguma.

Ele nunca deve ser usado para pagar taxas em parcelamento com juros!

Quando não conseguir pagar o cartão de crédito, por dois meses, deve-se negociar com o administrador do cartão, escrevendo uma carta descrevendo o motivo do atraso e a maneira como se propõe quitar o débito.

Envie a carta sempre ao emissor do cartão, que em geral é um banco.

Depois de fechar o acordo, não deixe de cumpri-lo.

Se você já entrou na “armadilha da dívida” e não consegue sair dela, o caminho seria contrair um financiamento junto ao banco, com um juro mensal bem mais baixo do que o cheque especial ou cartão de crédito.

Cuidado para não entrar em um outro financiamento sem quitar o anterior. Assim você estará aumentando o seu problema em vez de solucioná-lo.

 

Gaste menos do que receba e economize

– Economizar gera prazer e confiança em si mesmo. Ajuda a realizar seus sonhos de forma organizada.

– Economizar um pouco no dia a dia faz a diferença no final do mês.

Uma boa técnica é definir uma meta mensal que deverá ser investida após pagar as suas contas.

Primeiramente:

Contabilize os cartões ou cheque especial, pois estas contas deverão ter prioridade no pagamento, para evitar pagar juros, o que levaria possivelmente a uma conta negativa.

Depois, veja o valor que pode ser colocado para economizar.

Não desconsidere os pequenos valores; qualquer quantia é boa.

Cuidado com gastos exagerados em alimentos, transportes e gastos domésticos.

Ex: comprar uma lata de refrigerante na padaria por dois reais, quando ela podia ser encontrada a um real em um supermercado.

 

Se elevarmos o nosso ganho e ao mesmo tempo os nossos gastos, isso de nada valerá, pois em vez de sobrar, muitas vezes acontece o contrário, e falta!

 

Faça escolhas sábias!

 

Abraços,

Jane Fiorentino

 

Referências nos artigos do educador financeiro Ricardo Pereira.

 

O conteúdo deste post é de inteira responsabilidade do autor – Escrito por Jane Fiorentino.

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