O trigo

O trigo (Tricum vulgare) é cultivado em todo o mundo, sendo uma das principais bases da nossa alimentação.

O homem ainda era nômade quando começou a utilizá-los, e os cereais já eram encontrados plantados.

 

Artigos de arqueologia estimam que ele tenha surgido há cerca de 12 mil anos na antiga Mesopotâmia, especificamente na região da Síria, da Jordânia, da Turquia e do Iraque.

Durante escavações arqueológicas, foram encontrados grãos de trigo nos jazigos egípcios e nas pirâmides.

 

Antes de servirem para fazer pão, os grãos eram apenas mastigados – só depois passaram a ser triturados com pedras e transformados em farinhas, usadas em sopas e mingaus cozidos em água.
Posteriormente foram misturados com mel, azeite, suco de uvas, tâmaras, formando bolos que eram assados sobre pedras quentes ou cinzas.
Os egípcios foram os primeiros a usar forno de barro, por volta do ano 7000, e também criaram o pão de massa fermentada, no ano 3.000 antes de Cristo.
Durante toda a história da humanidade o pão foi feito com farinha de cereais integrais, com todos os nutrientes preservados, passando por um longo processo de fermentação, que o deixava mais digestivo e nutritivo.

 

O pão é uma das melhores fontes de carboidratos (ou hidratos de carbono, a primeira fonte de energia que nosso corpo usa), e uma excelente fonte de proteína vegetal, fibras e vitaminas.
Os carboidratos são a base de nossa alimentação – uma alimentação pobre em carboidratos pode trazer efeitos como fraqueza, mal-estar e perda de massa muscular.
Para o bom funcionamento do organismo, a maioria das calorias que ingerimos devem vir dos carboidratos.

 

Entre os carboidratos simples estão os alimentos adocicados como o mel e o açúcar  (que devem ser usados com moderação), o leite e as frutas, que são excelentes fontes de fibras. vitaminas e sais minerais.

Os carboidratos complexos estão nos pães, massas, arroz, batatas, mandioca e farinhas.

 

O valor nutritivo do grão de trigo

Os seus principais micronutrientes são o ferro, o ácido fólico, vitaminas do complexo B, fósforo, manganês e selênio. Composto por:

  • Casca (o farelo de trigo).
  • Endosperma (rico em carboidrato e amido)
  • Gérmen (rico em vitaminas, minerais e gorduras)

 

A farinha de trigo branca e integral

 

A farinha de trigo processada é separada da casca e do gérmen, e depois moída em partículas finíssimas tornando-se branca; é feita somente com o endosperma, pobre em nutrientes e fibras.

Quando não é feita esta separação, a farinha é chamada de farinha integral.

 

A maioria dos pães integrais vendidos em supermercados são feitos com farinha branca com um pouco de farelo (casca do trigo) acrescentado.

O pão que comemos hoje é completamente diferente do que era consumido pelos nossos antepassados!

 

O glúten gera dúvidas!

O glúten é responsável pela elasticidade da massa, o que permite a fermentação e deixa o pão “fofinho”.

 

Tecnicamente, é uma proteína presente na sementes do trigo, no centeio, na cevada e na aveia (em menor quantidade). Nele há um aminoácido chamado glutamina, que é essencial para nutrir as células do intestino.

 

Não há nenhuma comprovação científica, até o momento, de que o glúten faça mal às pessoas que não possuem doença celíaca.

 

O que acontece é que algumas pessoas descobrem que são sensíveis ao glúten, já na idade adulta, e têm dificuldade em digeri-lo.

 

Vale a pena retirar o pão da alimentação por uma semana para ver como o seu corpo reage.

Pode acontecer que você sinta o corpo mais leve, a barriga menos inchada e uma melhor digestão.

 

Se você se sentir pesado, inchado, com baixa energia, depois de comer um ou mais pãezinhos franceses, o fato de ter consumido uma quantidade importante de carboidrato refinado, sem fibras ou nutrientes, tem a ver com isso.

 

Está se tornando comum ouvir alguém comentar que eliminou o glúten da própria alimentação. Não comer glúten é uma dieta da moda que tem invadido as academias e lojas de produtos dietéticos.

 

O trigo faz parte do dia a dia dos brasileiros

 

O pão se popularizou no Brasil no século 20, com a chegada dos imigrantes italianos – até então o brasileiro consumia a farinha de mandioca e o biju.

Geralmente o pão é o tipo de alimentação presente desde a primeira refeição do dia; pão no café da manhã, bolo e bolacha no lanche, mais pão no jantar… tudo geralmente feito com farinha branca.

 

Estudos comprovam que, quando ingerimos glúten em excesso, isso pode diminuir a produção de serotonina, levando ao desânimo, mal-estar e cansaço.

 

Não coma trigo em todas as refeições; ofereça mais nutrientes ao seu organismo, incluindo outros cereais como aveia, milho, centeio, arroz, quinoa.

Ex: polenta de milho, salada de quinoa com legumes, mingau com aveia e leite, aveia com banana amassada, tapioca…

 

Pão engorda?

O pão tem calorias, portanto engorda se é consumido em demasia.

O pão integral é preferível ao pão branco, mas a quantidade de calorias de ambos são semelhantes.

Quem pratica exercícios deve consumir carboidratos antes e após a atividade; já quem não pratica devem controlar a sua quantidade, especialmente no período noturno em que o metabolismo do corpo fica mais lento.
O trigo já não é mais o mesmo!

 

Há milênios o homem viveu muito bem se alimentando de pão.

Mas o pão que compramos hoje é completamente diferente do que era consumido pelos nossos antepassados.

O trigo cultivado atualmente já foi modificado para conter mais glúten, o que aumenta os lucros para as indústrias, porque o pão cresce mais.

 

Qual é o melhor pão?

 

O melhor pão é o caseiro, rústico e artesanal, feito com farinha, água, fermento e sal.

Pão de trigo, centeio, milho etc.,e algumas sementes para incrementar…

 

Aproveite um dia de inspiração e faça o seu próprio pão

 

O principal ingrediente para fazer o pão é a farinha de trigo, que devido à sua proteína tem a capacidade de formar o glúten e fazer o pão crescer.

Pode acrescentar uma semente de cada vez; gergelim, linhaça ou aveia, gérmen de trigo etc.

 

Ingredientes:

  • 1 kg de farinha integral
  • 1 colher (sopa) rasa de sal marinho
  • 1 envelope de fermento seco (fermix ou outra marca)
  • 2 copos e meio de água morna (não deixe ficar muito quente)
  • Dois dedos do copo de azeite ou óleo

 

Modo de fazer:

Numa tigela, mistue bem meio pacote da farinha, o sal e o fermento.

Faça uma cova no centro e acrescente o óleo e a água morna de uma só vez.

A massa ficará mole.

Trabalhe bem a massa com um garfo ou colher de pau, até deixá-la viscosa e elástica.

Depois, adicione aos poucos o restante da farinha, mexendo bem até desgrudar da mão.

Retire a massa da tigela e trabalhe um pouco mais com as mãos.

Abra a massa com um rolo para “aerar”.

Divida a massa para fazer bolinhas, filão, ou coloque numa forma de pão.

Cubra com um pano, para a massa não tomar “golpes de ar”.

O pão deve crescer apenas uma vez.

Depois da massa crescida, colocar no forno, pré-aquecido 180 graus, por mais ou menos 40 minutos.

 

Espere esfriar um pouco.
Amigos, apresentei simplesmente algumas informações sobre o pão.
Use o bom senso para chegar às suas conclusões.

 

Sucesso com seus pães!

Abraços,

 

Jane Fiorentino

 

O conteúdo deste post é de inteira responsabilidade do autor.

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